O texto de Mateus 16.18: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela", ao longo da história, foi interpretado de três maneiras:
1) PEDRO É A PEDRA - Uma leitura superficial poderia nos levar à essa conclusão. Precisamos porém observar alguns pontos. A palavra Pedro e pedra no grego vêm da uma mesma raiz. Não é pedra que procede de Pedro, mas Pedro que procede de pedra. Pedro é "Pétros" e pedra é "petra". "Pétros" é uma pedra ou fragmento de pedra enquanto "petra" é uma rocha inabalável. Todas as metáforas de rocha no Velho Testamento são atribuídas a Deus. Também "Petros" é substantivo masculino e "petra" feminino. Não haveria concordância verbal caso Pedro fosse a pedra. Mais, o pronome usado "esta" e não "essa" evidencia que Jesus não estava falando de Pedro, mas de si mesmo. Para dirimir ainda qualquer dúvida, o próprio Pedro fez questão de afirmar por duas vezes que Cristo e não ele era a pedra. A primeira vez no começo do ministério (At 4.11,12) e a segunda no final do ministério (1Pedro 2.4-8). Paulo também corrobora com essa interpretação (1Coríntios 3.11; 10.4).
2) A AFIRMAÇÃO DE PEDRO - "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16.16). Essa interpretação é seguida por muitos estudiosos ainda hoje.
3) CRISTO É A PEDRA - Esse é o entendimento gramatical, exegético e teológico do texto. Reafirmamos, portanto, nossa convicção de Cristo é a pedra sobre a qual a igreja está estabelecida.
Hernandes Dias Lopes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário