Por Felipe Heiderich
25 de Setembro de 2012
25 de Setembro de 2012
Eu venho observando o comportamento dos homens nestes dias. E confesso que tem sido uma grande aventura.
Alguns têm corpo de adulto, mas são crianças por dentro. Outros têm pouca idade, mas já são mais amadurecidos e outros ainda, parecem não crescer nunca, por mais que o tempo passe continuam sendo garotos.
Isso tem me preocupado.
Concordo que um homem diante de uma mulher, quando está apaixonado, pode e muitas vezes deve até se sentir como um adolescente, querendo viver, abraçar, estar perto. Nós homens nos tornamos apenas garotos diante dos olhos de uma mulher. Nos rendemos completamente, e muitas vezes ficamos inertes, mas nossa rendição diante do amor nos tornando “bobos” não pode fazer com que “desamadureçamos” (palavra que eu inventei para dizer que alguém está fazendo o processo invertido: do amadurecimento para imaturidade) ou pior não venhamos a deixar de ser garotos e passemos a ser homens.
Há tempo para todas as coisas, é verdade. Tempo de ser criança e tempo de deixar de ser criança. O Apostolo Paulo fala com muita ousadia sobre o seu processo de amadurecimento e sua transição da fase infantil para a fase adulta:
”Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para traz as coisas de menino.” (I Coríntios 13.11)
Vemos hoje em dia, homens formados biologicamente, mas verdadeiras crianças em seu interior. Homens que não conseguem sair da casa de seus pais, que não sabem o que querem da vida, vivendo uma eterna adolescência, que a cada dia está mais tardia, achando que tem que aproveitar a vida sem nenhum compromisso com ela.
Não é assim que deve ser!
Sentir medo do novo, de assumir compromissos, ou constituir família é normal, é natural, mas isso não pode te travar. Todo mundo passa por essa fase, e você só irá vencê-la quando enfrentá-la.
Apesar de Deus nos ver como filhinhos, o desejo do Seu coração é que nos tornemos homens de valor, varões valorosos, pessoas que deixaram o leitinho para comer do genuíno banquete do Rei.
Ser criança é bom. Ser adolescente tem suas vantagens, mas nosso alvo é crescer e nos tornamos homens e mulheres de Deus, com caráter forjado para vivermos e constituirmos família. Crianças não geram família, ou pelo menos não deveriam gerar.
Garotos são só garotos, mas homens podem e devem ser homens.
Na paz d’Aquele que nos chama de filhinhos, mas no vê como grandes homens.
Felipe HeiderichPastor e apresentador de TV
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