O QUE DIZER DO SEXO ANTES DO CASAMENTO? PARTE II
#A MANHÃ SEGUINTE
Uma vez o casal de namorados tenha tido relações sexuais ilícitas, amiúde passam a encarar um ao outro de forma diferente. O rapaz talvez descubra que aquilo que sentia pela moça já não é tão intenso como antes; pode ser que até a julgue menos atraente. Lembre-se do relato bíblico sobre o jovem Amnom, e quão apaixonado estava pela virgem Tamar. Todavia, depois de ter relações sexuais com ela, “Amnom começou a odiá-la com um ódio muito grande”. — II Samuel 13:15.
Uma jovem chamada Maria teve uma experiência semelhante. Depois de ter tido relações sexuais admitiu: “Eu me odiava (por causa da minha fraqueza), e odiava meu namorado. Com efeito, as relações sexuais, que achávamos que nos tornaria mais achegados, puseram fim ao nosso relacionamento. Eu nem quis mais vê-lo”. Sim, por praticarem o sexo pré-marital, um par cruza uma linha e não pode nunca mais voltar atrás!
Paul H. Landis, respeitado pesquisador no campo da vida familiar, comenta: “O efeito temporário [do sexo pré-marital] pode ser o de fortalecer o relacionamento, mas os efeitos a longo prazo podem ser bem diferentes.” Deveras, os pares que têm relações sexuais têm mais probabilidade de romper seu relacionamento do que aqueles que se abstêm delas! Qual o motivo disso? O sexo ilícito gera ciúme e desconfiança. Como certo jovem admitiu: “Alguns indivíduos, quando têm relações sexuais, pensam depois disso: ‘Se ela teve relações comigo, é possível que também as tenha tido com outro. ’Aliás, era assim que eu pensava... Tornei-me extremamente ciumento, desconfiado e suspeitoso.”
Quão diferente disto é o genuíno amor, que “não é ciumento... não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses”. (I Coríntios 13:4, 5) O amor que consolida relacionamentos duradouros não se baseia na paixão cega.
#OS BENEFÍCIOS DA CASTIDADE – PAZ E RESPEITO PRÓPRIO
Permanecer casto, contudo, faz mais do que ajudar um jovem a evitar consequências funestas. A Bíblia menciona uma jovem virgem que permaneceu casta, apesar do intenso amor que sentia por seu namorado. Em resultado, ela podia orgulhosamente dizer: “Sou uma muralha, e meus peitos são como torres.” Ela não era nenhuma ‘porta de vaivém’ que facilmente ‘se abria’ sob a pressão da imoralidade. Moralmente, ela permanecia sendo uma muralha, impossível de escalar, de uma fortaleza dotada de torres inacessíveis! Merecia de ser chamada de “a pura”, e podia dizer a respeito de seu respectivo marido: “[Eu] me tornei aos seus olhos como aquela que acha paz.” Sua própria paz mental contribuía para o contentamento entre os dois. – O Cântico de Salomão 6:9, 10, 8:9, 10.
Ester, a jovem casta já mencionada, sentia a mesma paz íntima e o mesmo amor-próprio. Disse ela: “Eu me sentia bem comigo mesma. Mesmo quando minhas colegas de trabalho zombavam de mim, eu considerava minha virgindade como um diamante, valioso por ser tão raro.” Adicionalmente, as jovens como Ester não são afligidas por uma consciência culpada. “Não existe nada melhor do que ter uma boa consciência perante Jeová Deus”, declarou Estêvão, um cristão de 19 anos.
‘Mas, como pode um casal vir a conhecer-se bem se não fizerem sexo?’, imagina alguns jovens.
#CRIAR UMA INTIMIDADE DURADOURA
Apenas o sexo não pode forjar um relacionamento permanente; nem o podem as expressões de afeto, tais como o beijo. Uma mulher jovem chamada Ana, avisa: “Aprendi por experiência própria que, às vezes, podemos muito cedo nos tornar íntimos demais, fisicamente.” Quando namorados gastam seu tempo demonstrando afeição um ao outro, cessa a comunicação significativa. Assim, podem desperceber graves diferenças que poderão aflorar depois do casamento. Quando Ana mais tarde começou a sair com outro homem – aquele com o qual ela veio a se casar – ela teve o cuidado de evitar tornarem-se íntimos demais, em sentido físico. Explica Ana: “Passávamos o tempo resolvendo problemas e discutindo nossos alvos na vida. Eu vim a conhecer o tipo de pessoa com quem eu iria me casar. Depois do casamento, só houve surpresas agradáveis.”
Foi difícil para Ana e seu namorado mostrar tal autodomínio? “Foi, sim!”, confessou Ana. “Sou, por natureza, uma pessoa carinhosa. Mas, conversávamos sobre os perigos e ajudamos um ao outro. Ambos queríamos muitíssimo agradar a Deus e não estragar nosso vindouro casamento.”
Mas não é de ajuda para o marido (ou esposa) recém-casado ter tido alguma outra relação sexual? Não, pelo contrário, isso muitas vezes prejudica a intimidade conjugal! Nas relações sexuais pré-maritais dá-se ênfase à gratidão pessoal, aos aspectos físicos do sexo. O respeito mútuo é minado pela paixão descontrolada. Uma vez se formem tais padrões egoístas, eles são difíceis de romper, e podem, com o tempo, provocar estrago no relacionamento.
No casamento, contudo, o saudável relacionamento íntimo exige restrição, o domínio de si. O foco precisa estar no dar, em ‘render os deveres sexuais’, em vez de em ‘receber’. (I Coríntios 7:3, 4) Permanecer casto o ajuda a cultivar tal autodomínio. Ensina-lhe a colocar a preocupação altruísta com o bem-estar da outra pessoa à frente de seus próprios desejos. Lembre-se, também, de que a satisfação conjugal não se deve puramente a fatores físicos. O sociólogo Seymour Fisher diz que a resposta sexual da mulher também depende de ela possuir “sentimentos de intimidade, de achego, e de confiabilidade”, e, da “capacidade [do marido] de identificar-se com a esposa, e de... quanta confiança ela deposita nele”.
Por conseguinte, você colhe o que você semeia. (Gálatas 6:7, 8) Semeie paixão e colherá uma abundante safra de dúvidas e incertezas. Mas se semear o domínio próprio, você colherá uma safra de fidelidade e de segurança.
Aqueles que esperam até se casarem, também, usufruir a paz mental, sabendo que estarão agradando a Deus.
FONTE: Livro Os Jovens Perguntam - Respostas Práticas, Volume 1.
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